quarta-feira, 14 de março de 2018


Nota - o poema que se segue é uma pré-publicação. Foi escrito diretamente em castelhano mas irá ser traduzido para curdo e irá integrar uma obra coletiva a sair brevemente na Alemanha, em curdo, e onde alguns escritores europeus manifestam o seu repúdio pela entrada das tropas turcas no Curdistão sírio.
.
.
.
                         Un monstruo sobre Afrin



                              Les Turcs ont passé lá. Tout est ruine et deuil.

                                                Victor Hugo, L’enfant


Un monstruo desciende del norte.
Trae en sus manos la baba
de antíguas traiciones, la sangre
de los imperios que tuvo y quiere.

El monstruo no tiene brazos
sino tentáculos,
lianas de ponzoña,
de lama sofocando ciudades,
caminos, esperanzas.

Sin embargo el monstruo,
(com sus deseos de monstruo)
olvida las lecciones de la historia
que en sus garras acecha y brota,
y de él no quedará ni memoria
cuando llegue el día de su derrota.
.
.
©  Victor Oliveira Mateus (Inédito)
.
.