Diante das aves caem migalhas,
Silenciosos pedaços do mundo,
A prometer sustento. Para as aves,
Fazem parte da existência, do
Convívio com tudo o que existe sempre.
Com as migalhas que caem, as aves
Se alimentam, se divertem, se lembram
Que são aves pequenas, que a queda
É apenas o assombro de ser
Não mais do que ave e ave pequena.
Almeida, Rui.
Temor Único Imenso. Fafe: Editora Labirinto, 2014, p 8.
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