" II - Saudade "
A lâmina, coração bolorento.
Um golpe, mão que rasga o mofo.
Arranham-se feitiços.
O aço despe a distância.
Na pele,
servem-se perfumes degolados.
O catecismo de golpes trémulos
muda de nacionalidade.
Bebe o pêssego, o vocabulário do álcool.
Um crepúsculo, outro crepúsculo.
O horizonte é um inferno de coisas belas.
O telefone toca.
És tu da alucinação.
Somos outra vez uma mentira.
Pereira, Alberto. Amanhecem nas rugas precipícios. S. Mamede de Infesta: edium editores, 2011, p 46.
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