segunda-feira, 15 de dezembro de 2014



Aquele Outro não via minha muita amplidão.
Nada LHE bastava. Nem ígneas cantigas.
E agora vã, te pareço soberba, magnífica
E fodes como quem morre a última conquista
E ardes como desejei arder de santidade.
E há luz na tua carne e tu palpitas.


Ah, por que me vejo vasta e inflexível
Desejando um desejo vizinhante
De uma Fome irada e obsessiva?




  Hilst, Hilda. Do desejo. São Paulo: Editora Globo, 2014, p. 22.
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