" Epígrafe para um livro de horas "
resta muito pouco de tudo o que se quis;
um sorriso de bolso,
duas sextas-feiras de dar sorte,
e um quase nada de Lua.
o chão ficou sem pássaros
para catar sementes,
semeado, por inteiro, com pregos de cruz.
aqui já não se morre de morrer,
e até a morte está cansada.
e agora?
Botelho, Emanuel Jorge.
Fecho as cortinas, e espero. Lisboa: Averno, 2014, p 9.
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