noite. enquanto miles e coltrane
me invadem o quarto como se lhe
conhecessem o historial, penso em
ti. sopram
flamenco sketches, esses
sopros a voz do ininterrupto que
aponta como tudo é anacrónico.
num conforto secreto e insosso
vou à janela e abro o quarto à
noite. pele morna salpicada de
sardas brilhantes a anos-luz.
é noite. e enfim percebo.
Fraga, Amadeu Liberto.
deriva e compósito. Lisboa: Glaciar, 2014, p 47.
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