quinta-feira, 3 de abril de 2014



        "  O Avô dos Ventos  "


O avô de todos os ventos
soprou de rijo e inspirou
a tempestade

Pelo ar as folhas voavam sem descanso

Das narinas do Vento
saíam musgos antigos com cheiro a Ilha
e a Mar

As marés cresciam estendendo as suas mãos
sobre a Ilha

A luz escoava-se pela fresta da porta
e a chuva caía em bátegas medonhas

Agora eu estava só     no centro da tempestade


  Bettencourt, Eugénia. bagacina. S. Mamede de Infesta: edium editores, 2010, p 30.
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