" Borboletas de noite "
Rasgou-se a solidão e o
meu conforto:
nesta mesa, sou musa
de mim mesma
Ao desejar
sombrias borboletas,
marquei o meu
destino
Brecha a partir
de sempre,
mais funda e persistente
que faca de cozinha
ou espada
Frincha de frio,
porta nem de ninguém:
fechada
Amaral, Ana Luísa.
E todavia. Lisboa, Assírio & Alvim, 2015, p 58.
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