Lado a lado, a solidão
E a memória queimada
Da infância. Falhas
Na superfície lisa do tempo
Aceleram a rapidez
Da queda no abismo.
Lado a lado, a sombra
E a cor distorcida
De um mar demasiado
Longe, onde não
Se naufraga. A cor
Do céu ausente,
Feito da ilusão de tudo
O que é lembrado.
Almeida, Rui.
A solidão como um sentido, seguido de Desespero. Póvoa de Santa Iria: Lua de Marfim, 2016, p 11.
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