XXIX
Na catedral sentei-me e li, só,
Uma magra Revista e disse,
"Estas degustações nas abóbodas
Opõem o passado e o festival,
O que está para lá da catedral, lá fora,
Balança numa canção nupcial.
Assim é sentar e balançar coisas
De um lado para o outro até ao imóvel ponto,
De uma máscara dizer que se assemelha
De outra dizer que se assemelha
Saber que o balanço ao certo não cessa,
Que a máscara é estranha, apesar de se assemelhar."
As formas estão erradas e os sons são falsos.
Os sinos são o bramido de touros.
Porém o ilustre franciscano nunca foi
Ele mesmo senão neste fértil vitral.
Stevens, Wallace. O Homem da Guitarra Azul & Outros Poemas. S/c.: Edições Guilhotina, 2015, p 43 ( tradução e apresentação de Luís Quintais).
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